sexta-feira, dezembro 22, 2006

Conversa de rodinhas

E é no banquinho que encosta o joelho; de uma no outro.
Assuntos mínimos, mantidos com esforço.
Caminham conduzindo eles [os] conduzidos
Cada dedo de palavra pensado, repetindo no medo de não encontrar outro ponto.
E ela quer, ele quer, mas o pudor diz conversa.
Conversa de rodinhas, empurrada por sílabas fracas sem arriscar novos meios de transporte[um acelerador a pisar fundo, uma escada a ser trepada].

Na mudança de lajota, freqüente nas ruas centrais, solavanco surpreende as esferinhas.
Enquanto é aquela desenhos-preto-no-branco-copacabana as coisas vão, mas sem chegar
Nova lajota cimento quebrado e crepitado ‘Di-a bo-ni-to’ ‘É mes-mo, di-a bo-...’
Sempre a rua que conduz aqueles dois, o que é de dentro não passa de desejos de um só.
São as rodinhas que emperram, as palavras que se esforçam no empurrar, a redução da velocidade que tenta manter distante novo assunto sobrado.

Houve um momento certo, depois daquela praça, perto da doceria ao lado bueiro, que ela despudorou sua rodinha soluçando um novo ‘meu coração. por mim nossa conversa termina aqui e visitamos, lá em cima, minha fronha’
Rolamento enferrujado: ele sai mudo e andando, sem nem olhar pra trás.
Também pudera -

1 Comments:

Blogger vanessa reis said...

oh.

sempre eu queria saber comentar melhor as coisas.

mas oh.

3:34 AM  

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