quarta-feira, dezembro 20, 2006


Pernalta (nem nobre, nem bucólico; em nada)

Vestido de corte, na fazenda coelhinhos.

Tão solitária, tão solitários; um na coxa, outro na coxa, aquele na barriga, esse na alça, outro na bunda, um enviesado no decote bem-achatado.

Molha salgado os pequenos, que absorvem inflamando cores

Solução: nessa estampa, em pontos de linha-bordô e agulha improvisadas,
une as mãozinhas dos coelhos dispersos.

Dissolve.

Vestido de corte franzido, na fazenda aqueles em corrente mão-na-mão

Tão mais-solitária, tão protegidos.

Mas o um no limite da emenda que é só pernas - sem sorriso, cílios ou
jardineira completa - consoa.

Tenta consolo em afagos felpudos pouco a baixo da axila,
mordiscadas incisivas de invisíveis incisivos em peles recônditas.