Desclassificadas
sexta-feira, dezembro 29, 2006
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Conversa de rodinhas
E é no banquinho que encosta o joelho; de uma no outro.
Assuntos mínimos, mantidos com esforço.
Caminham conduzindo eles [os] conduzidos
Cada dedo de palavra pensado, repetindo no medo de não encontrar outro ponto.
E ela quer, ele quer, mas o pudor diz conversa.
Conversa de rodinhas, empurrada por sílabas fracas sem arriscar novos meios de transporte[um acelerador a pisar fundo, uma escada a ser trepada].
Na mudança de lajota, freqüente nas ruas centrais, solavanco surpreende as esferinhas.
Enquanto é aquela desenhos-preto-no-branco-copacabana as coisas vão, mas sem chegar
Nova lajota cimento quebrado e crepitado ‘Di-a bo-ni-to’ ‘É mes-mo, di-a bo-...’
Sempre a rua que conduz aqueles dois, o que é de dentro não passa de desejos de um só.
São as rodinhas que emperram, as palavras que se esforçam no empurrar, a redução da velocidade que tenta manter distante novo assunto sobrado.
Houve um momento certo, depois daquela praça, perto da doceria ao lado bueiro, que ela despudorou sua rodinha soluçando um novo ‘meu coração. por mim nossa conversa termina aqui e visitamos, lá em cima, minha fronha’
Rolamento enferrujado: ele sai mudo e andando, sem nem olhar pra trás.
Também pudera -
E é no banquinho que encosta o joelho; de uma no outro.
Assuntos mínimos, mantidos com esforço.
Caminham conduzindo eles [os] conduzidos
Cada dedo de palavra pensado, repetindo no medo de não encontrar outro ponto.
E ela quer, ele quer, mas o pudor diz conversa.
Conversa de rodinhas, empurrada por sílabas fracas sem arriscar novos meios de transporte[um acelerador a pisar fundo, uma escada a ser trepada].
Na mudança de lajota, freqüente nas ruas centrais, solavanco surpreende as esferinhas.
Enquanto é aquela desenhos-preto-no-branco-copacabana as coisas vão, mas sem chegar
Nova lajota cimento quebrado e crepitado ‘Di-a bo-ni-to’ ‘É mes-mo, di-a bo-...’
Sempre a rua que conduz aqueles dois, o que é de dentro não passa de desejos de um só.
São as rodinhas que emperram, as palavras que se esforçam no empurrar, a redução da velocidade que tenta manter distante novo assunto sobrado.
Houve um momento certo, depois daquela praça, perto da doceria ao lado bueiro, que ela despudorou sua rodinha soluçando um novo ‘meu coração. por mim nossa conversa termina aqui e visitamos, lá em cima, minha fronha’
Rolamento enferrujado: ele sai mudo e andando, sem nem olhar pra trás.
Também pudera -
quarta-feira, dezembro 20, 2006

Pernalta (nem nobre, nem bucólico; em nada)
Vestido de corte, na fazenda coelhinhos.
Tão solitária, tão solitários; um na coxa, outro na coxa, aquele na barriga, esse na alça, outro na bunda, um enviesado no decote bem-achatado.
Molha salgado os pequenos, que absorvem inflamando cores
Solução: nessa estampa, em pontos de linha-bordô e agulha improvisadas,
une as mãozinhas dos coelhos dispersos.
Dissolve.
Vestido de corte franzido, na fazenda aqueles em corrente mão-na-mão
Tão mais-solitária, tão protegidos.
Mas o um no limite da emenda que é só pernas - sem sorriso, cílios ou
jardineira completa - consoa.
Tenta consolo em afagos felpudos pouco a baixo da axila,
mordiscadas incisivas de invisíveis incisivos em peles recônditas.